RESENHA: O Nome do Vento

"Não importa como você leve sua vida, sua inteligência o defenderá melhor do que uma espada. Trate de mantê-a afiada."

Logo de cara, quando ouvi pela primeira vez falaram sobre O Nome do Vento, já me despertou uma curiosidade, o conjunto da obra toda me fez muito querer ler esse livro. A belíssima arte da capa, a imponência que ele transmite através do seu gigantesco número de páginas, e sem sombra de dúvida, a sua premissa, foi o que mais me despertou interesse por essa maravilhosa história de fantasia criada por Patrick Rothfuss.

O livro tem uma narrativa muito diferente do que eu estou acostumado a ler. Ao invés de começar com uma linha de tempo convencional, com começo, meio, e fim, contando a história de Kvothe na sua infância vivendo até chegar no ponto atual da história, o autor resolve escrever de outra forma. No começo conhecemos Kote, um homem normal, sem grande brilhantismo, que vive cuidando de sua pousada, de seus clientes, e fazendo de tudo para não atrair a atenção das pessoas.
Então, certo dia, um cronista chega a cidade, e se hospeda em sua pousada. Lá ele percebe, que este pacato homem, nada extraordinário, é na verdade, o lendário Kvothe, o Bardo, o Arcano, o Sem Sangue, o Matador do Rei. kvothe então, resolve contar para o cronista sua verdadeira história, em apenas três dias.



Até então, o livro estava sendo narrado em primeira pessoa. Mas a partir deste ponto da história, ele se transforma em terceira pessoa. O que particularmente me agradou muito.
Nós, leitores, somos levados então, ao passado de Kvothe, mais precisamente, em sua infância, quando ele ainda tinha pais, e vivia harmoniosamente com eles, e sua trupe. O narrador nos apresenta personagens que são secundários, mas não menos importantes, que nos ajudam a perceber, como a personalidade e as características que hoje vemos em Kvothe, foi consequência de algo que aconteceu no passado. Vemos também que desde pequeno, ele foi uma criança muito esperta e inteligente para sua idade. E como sempre, mesmo sem querer, atraindo a atenção de todos para si mesmo.

A narrativa continua muito fluida, muito bem detalhada, e muito bem escrita. Até que chegamos a um ponto decisivo na história, creio eu, que um marco na vida do nosso personagem principal. O que eu vou contar agora não considero um spoiler, pois é bem no comecinho do livro, e não vai interferir nem um pouco nas suas expectativas na hora da leitura. Certo dia, toda a sua trupe, inclusive seu pai e sua mão, são brutalmente mortos por um grupo de assassinos chamado Chandriano, que até então, ninguém nunca tinha visto, e todos pensavam que eles não existiam, que não passavam de lendas inventadas para assustar as crianças.
Kvothe a partir deste momento, cresce sozinho, e com um desejo de vingança.

O livro tem 650 páginas, se eu contar mais alguma coisa da história pra vocês, vai estragar totalmente a surpresa na hora da leitura.
Mas algo que eu gostei no livro, algo que me fez apaixonar por essa história, é o modo como o Patrick Rothfuss constrói o herói, é muito detalhado, muito bem explicado, tudo tem um motivo, um por quê.
Outra coisa que eu amei em O Nome do Vento, é o seu universo. A magia criada pelo autor, por exemplo, é muito diferente do convencional, não é como nós "conhecemos", ou estamos acostumados a ver em filmes, seriados, ou em outros livros. Não é algo que só alguns podem fazer, com palavras mágicas, ou varinha de condão. Pelo contrário, neste livro a magia é tratada como um ciência, algo que todos podem fazer, mas que precisa de muita dedicação, muita prática, e muitos anos de estudo.

O livro inteiro é muito bom, e não vejo a hora de ler a continuação. Aqui no Brasil já foi lançado o segundo livro, que se chama O Temor do Sábio. O terceiro e último livro ninguém sabe ao certo quando será lançado, e nem se o autor já terminou de escrever, mas muito se especulam ao redor deste livro, e parece que o nome será Os Portões de Pedra, mas até agora nada confirmado. Patrick Rothfuss escreveu um spin-off que se chama A Música do Silêncio. Lá fora ele será lançado no dia 28 de agosto, mas aqui no Brasil, a editora Arqueiro já divulgou a capa, e inclusive disse que o lançamento será ainda este ano.






























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